
Há cerca de 80 anos, um miúdo roubava comida em casa durante a noite, e trocava-a por livros, às escondidas dos pais. Proibido de continuar na escola por falta de recursos, e obrigado a ajudar a família no campo, essa foi a forma que arranjou para continuar a aprender.
Uns anos depois, esse miúdo tornou-se professor. Esse miúdo, era o meu avô, que não cheguei a conhecer pessoalmente, mas cujas histórias e peripécias ouço desde sempre.
Agora que o conhecimento está ao alcance de todos, democratizou-se também a estupidez. Admiram-se criaturas com cérebros inversamente proporcionais ao tamanho das mamas, valoriza-se a futilidade e o vazio absoluto. Curiosamente, a Humanidade nunca teve tanto conforto como agora, e nunca foi tão infeliz também.
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